domingo, 18 de dezembro de 2011



by @clauxx_












Best Friends?







Gritos no portão do colégio me distraíram dos meus pensamentos. Nem precisei olhar para saber o que acontecia. Esse escândalo todo tinha nome e sobrenome: James McGuiness. Revirei os olhos enquanto o via corresponder animadamente aos flertes péssimos das garotas do colégio que até pouco tempo nem sabiam seu nome. Revirei os olhos com isso, mas não pude deixar de reparar em seu sorriso, simples mas galanteador. Merda.

Vi quando ele se afastou das garotas e se aproximou de mim, algumas ainda o seguiram querendo sua atenção, patético.

"Bom dia" ele falou animado se encostando ao meu lado

"Só se for pra você" retruquei o fazendo rir alto, e sua risada me fez sorrir de lado. Porque ele tinha que ser tão lindo?

"E o que torna esse lindo dia em algo ruim?" ele perguntou divertido essas garotas dando em cima de você, e você correspondendo pensei mas contive o pensamento.
"O mesmo de sempre: escola" respondi e ele riu "o mesmo que você costumava achar" completei baixo, e suspirei em seguida. Ele não pareceu ouvir, ou fez de conta que não.

"Você vai comigo hoje né?" ele perguntou animado. Oh, sim, a bendita sessão de fotos.

"Jay..." comecei tentando achar uma desculpa para fugir, mesmo sabendo que eu ia acabar cedendo.

"Você prometeu" ele me lembrou

"Certo, mas você vai fazer meu dever" falei o fazendo rir

"Eu não faço nem o meu" ele contrapôs

"Que seja, a pessoa que faz os seus deveres vai fazer o meu também, ou eu não vou" retruquei cruzando os braços e o olhando de modo que transparecia birra, na verdade eu estava até que me divertindo

"Chantagista" ele resmungou me puxando pelo ombro, eu apenas ri enquanto começávamos a caminhar até a sala.

"Sabe, sinto falta de ficarmos vendo filmes até tarde, ou poder sair na rua com você sem que um bando de garotas histéricas te ataquem." comecei "e de poder te abraçar sem que na manha seguinte esteja no jornal dizendo que sou sua namorada e o que mais venha na cabeça deles" terminei. Na verdade, eu não reclamaria dessa ultima parte, mas como eu disse eu não reclamaria, já Jay era outra história.

"Também sinto falta disso " ele disse enquanto parávamos na porta da minha sala de aula "mas é a oportunidade de realizar meu sonho" ele falou me fazendo suspirar

"Eu sei Jay, não estou reclamando. Foi só um comentário" falei, e eu de fato entendia a situação, mas eu tinha direito de sentir falta do meu melhor amigo, certo?

"Depois do photoshot hoje a gente sai pra fazer algo" ele falou me fazendo sorrir "prometo" ele disse antes de me dar um beijo na bochecha "te vejo no intervalo" ele murmurou antes de se afastar.

"Eu morria se fosse você" uma garota qualquer comentou ao meu lado me fazendo rir

"Claro que sim" respondi rindo dela e entrando. Procurei a carteira vazia mais ao fundo possível. Para a minha infelicidade, a tal garota resolveu se sentar ao meu lado, e eu sabia o que seria aquela aula: Jay.

"Me conta como é ser a melhor amiga dele?" a garota pediu, e eu forcei um sorriso para ela. Pelo Jay, pela carreira dele pensei enquanto respirava fundo

"Ah, é normal" falei parando pra pensar um pouco "a gente sai, vê filme, anda de skate, enche a cara. Coisas normais" falei, e ela ficou me encarando como se esperasse por mais

"E nunca rolou nada entre vocês?" ela perguntou e eu ri, disfarçando

"Ele é meu melhor amigo, e só isso" respondi sorrindo. Afinal de contas eu era uma boa atriz.

"Mas nunca rolou interesse?" voltou a perguntar. É claro que ela queria saber isso
"Nós crescemos juntos, somos como irmãos" respondi, acrescentando um 'infelizmente' mental ao fim da frase.

"Eu te invejo sabe?" ele perguntou sonhadora, e eu ri baixo. "mesmo que não seja namorada dele e essas coisas, você tem um lugar especial no coração dele" ela falou e eu não pude deixar de sorrir, sim eu tinha.

"Você também" eu falei tentando anima-la "você esta dando a chance a ele de realizar seu sonho, de mostrar pro mundo o talento que ele deixava guardado. Não sabe o quanto ele é grato por isso, a você e a todas as demais fans" falei sem pensar. Ela sorriu tristemente

"É, mas não é como você por exemplo, eu sou só mais uma, ele nunca vai prestar atenção em mim" ela murmurou e eu cheguei a ficar com pena por um segundo. Até me lembrar que minha situação era ainda pior; ele de fato nunca olharia pra mim com essa intenção; ele sempre me veria como irmã.

"Não tenha tanta certeza. E se não for ele, vai ter um cara em algum lugar ai pra te fazer sentir como um princesa" era mais facil falar pros outros do que acreditar nas minhas próprias palavras.

"Obrigado" ela sussurrou, e contrariamente ao que eu esperava, ela se virou pra frente e passou a colocar atenção na aula.

Deitei a cabeça e dormir. A física que se foda.

Acordei algumas horas depois com a voz da garota me chamando, resmunguei querendo que ela me deixasse em paz, ouvi ela rir

"Pelo amor de Deus , acorda logo" essa voz era grave e muito conhecida por mim. Resmunguei novamente enquanto me levantava e jogava a mochila em cima de Jay que a pegou a tempo "você não dorme a noite não?" ele perguntou rindo e eu mandei o dedo do meio pra ele.
"Isso é culpa sua se quer saber" falei sem pensar, e ele me parou, me forçando a encara-lo. A sobrancelha arqueada numa pergunta muda e um brilho diferente e indecifrável nos olhos

"Ah é, e porque?" sua voz era divertida, mas tinha um leve tom de nervosismo. Ou talvez fosse eu apenas imaginando as coisas.

"Porque fica ai me mandando mil coisas pra analisar sobre a banda e eu como boa amiga te dou prioridade, tendo que fazer os deveres de madrugada" inventei rápido. Não que fosse totalmente mentira, mas eu não ficava até de madrugada fazendo dever.

"Ah" sua voz tinha uma leve decepção "se isso te incomoda, eu paro" sua voz era baixa

"Hey, eu não disse isso" falei sorrindo, e ele sorriu de volta "agora vamos que to com fome" resmunguei o arrastando comigo. Em algum momento a garota saiu andando, que seja.

O resto da manha passou sem nada demais, só voltei a encontrar Jay na ultima aula, a qual passamos discutindo sobre o PhotoShoot. Ele estava animado -como sempre- e era bom vê-lo assim. Quando a aula acabou combinamos que ele passaria as 3 para me buscar e fui para casa.

Não tinha nada para fazer, então esquentei a comida que minha mãe deixara pronta na geladeira com a nota "volto em uma semana. Desculpa te avisar por uma nota, mas foi de ultima hora. Te amo" que eu tirei e guardei no bolso do jeans que eu havia posto depois de tirar o uniforme da escola. Depois de almoçar fiquei vendo TV até que James chegasse. Fiquei vendo TV deve ser entendido como, fiquei vendo The Big Bang Theory e tentando entender o Sheldon.

"Pronta?" ele perguntou entrando na minha casa e me assustando

"Custa bater ou coisa assim?" perguntei desligando a TV

"É bem mais divertido te assustar toda vez" ele respondeu e tudo que fiz foi dar a língua pra ele pegando minha bolsa e indo até a porta

"Vamos então?" perguntei me virando para ele que estava encostado no móvel da sala

"Claro" ele respondeu girando as chaves do carro e saindo a minha frente, tranquei a porta e entrei no carro, não tardou até que ele ligasse o radio, mas eu mudei para o CD o mais rápido possível, Jay não aprovou mais ficou na sua, ri baixo com isso.

“Você não costumava ouvir radio” comentei brincando

“E também não costumava estar no radio” ele retrucou.

“Certo, você ganhou” disse enquanto voltava para o radio ao mesmo tempo em que Heart Vacancy começava a tocar, fazendo Jay sorrir alegre. Mais um de seus muitos sorrisos, mais um pelo qual eu era apaixonada.

Foi até irônico essa musica começar a tocar. Eu e ele sozinhos no carro, minha musica preferida tocando.

Talvez essa fosse minha musica preferida porque eu me via nela, como se ela falasse de mim. E oh sim, como eu queria que ela falasse de mim. Queria que ele estivesse cantando aquela musica para mim, mas eu sabia que não tinha nada a ver.

I hear your heart cry for love, but you won't let me make it right, you were hurt, but I decided that you were worth the fight” Ele acompanhou a musica animado.

Every night, you lock up you won't let me come inside, but the look in your eyes as I can turn the tide” Eu acompanhei fazendo-o se virar pra mim, sorrindo.

In your heart, in your heart, in your heart I can tell you can fit one more” cantei sozinha essa parte, sentindo-me enrubrescer com o olhar dele em mim

In your heart, in your heart, in your heart I don't care who was there before” ele terminou o refrão, voltando –parcialmente- sua atenção pra rua.

I hear your heart call for love, then you act like there's no room. Room for me, or anyone, "Don't disturb" is all I see. Close the door, turn the key on everything that we could be. If loneliness would move out I'd fill the vacancy” foi a vez dele cantar sozinho, sua voz preenchendo o carro e me desligando por um segundo.



In your heart, in your heart, in your heart

In your heart, in your heart, in your heart




Nem eu e nem ele cantamos. Ficamos naquele silencio que de certo modo era confortante.



This ain't the Heartbreak Hotel

Even though I know it well

Those no shows, they sure tell

In the way you hold yourself

Don't you fret, should you get

Another cancellation

Give me a chance I'd make a

Permanent reservation



“Eu gosto dessa musica” falei de repente, e ele sorriu de lado.
“Eu também” ele respondeu somente.



In your heart, in your heart, in your heart

I can tell you can fit one more

Open up make a brand new start

I don't care who's stayed before



Estávamos chegando ao estúdio aonde seria o PhotoShoot. Eu estava curiosa para saber o que iria sair dele de qualquer modo, apesar de ainda não estar segura de estar indo, ainda não tinha certeza se todos na banda me ‘aceitavam’, por falta de palavra melhor.



I hear your heart call for love

Then you act like there's no room

Room for me, or anyone

"Don't disturb" is all I see

Close the door, turn the key

On everything that we could be

If loneliness would move out

I'd fill the vacancy

In your heart, in your heart, in your heart

In your heart, in your heart, in your heart



Jay tamborilou no volante voltando a sussurrar a letra da musica. Ri baixinho
“Sabe, se você quiser, pode cantar” eu falei o fazendo rir.



When I, talk to you, on the phone

Listen close



“Essa frase me lembra você” ele deixou depois que passou a parte em que ele cantava sozinho a musica. Eu ergui a sobrancelha.

“Sério?” perguntei e obtive um ‘uhum’ como resposta.



I hear your heart call for love

Then you act like there's no room

Room for me, or anyone

"Don't disturb" is all I see

Close the door, turn the key

On everything that we could be

If loneliness would move out

I'd fill the vacancy

In your heart, in your heart, in your heart

In your heart, in your heart, in your heart



Os últimos acordes da musica tocaram enquanto estacionamos o carro no estúdio. Abri a porta e esperei por Jay, para entrarmos.

“É bom que isso seja divertido” resmunguei brincalhona. Ele me olhou incrédulo.
“Diga-me uma vez que saímos que não foi divertido” ele me desafiou e eu parei por um momento.

“Na noite da festa da Kathy que você bebeu tudo que podia e não podia e ainda por cima pegou a feia da Caroline” respondi enquanto chegávamos a sala onde estavam os demais meninos. A risada nada escandalosa de Jay atraiu a atenção para nós dois.

“Finalmente James” Max falou se aproximando de nós e me cumprimentando enquanto dava um pedala na cabeça de Jay, eu segurei o riso vendo que ele me lançou um olhar mortal.

“Eu estudo sabia?” ele se justificou

“Apoiado” Nathan entrou na conversa.

“Crianças” Tom falou rindo

“Ei” dessa vez foi eu quem falei inconformada por ter sido chamada de criança indiretamente, fazendo eles rirem e Tom desviar o olhar.

“Vamos logo” Siva falou arrastando Max e Tom com ele. Eu, Nathan e Jay apenas os seguimos.

Logo estávamos em uma sala gigantesca, aquela tela verde bem no meio da sala, milhares de câmeras fotográficas e tudo mais que se poderia querer. Admito que eu estava levemente impressionada. Todas aquelas câmeras profissionais eram meu sonho de consumo, mas eu como boa amiga fiquei na minha e me sentei na cadeira que me foi designada enquanto os meninos iam trocar de roupa.

Pouco tempo depois eu estava rindo até não aguentar mais. Eles eram simplesmente idiotas demais, estavam o tempo todo atrapalhando a foto um do outro, se empurrando, batendo e rindo. Resultado, eles demoraram três vezes mais para tirar todas as fotos.

Quando já estavam todas as fotos tiradas vi Jay olhar de mim para as câmeras e depois trocar um olhar com Tom. Eu sabia que isso era merda na certa. E não deu outra, cinco minutos depois eu estava sendo arrastada pelo cinco meninos até o centro da tela verde e pela próxima hora seguinte eu fui o centro das atenções deles e da câmera. Eles faziam todas as posições em volta de mim imagináveis e inimagináveis.

E tudo estava divertido até Jay ter a idiota ideia de me pegar no colo. Não que eu me opunha, claro, mas eu apenas tinha um certo pavor disso, por conta do próprio senhor McGuiness que me derrubou no chão uma vez.

“Jay” eu gritei agarrando seu pescoço enquanto ele ria do meu medo. “me põem no chão” pedi, mas ele só riu mais e girou comigo no ar, me fazendo gritar mais ainda e esconder o rosto no seu pescoço. “Por favor” resmunguei, fazendo-o enfim me soltar. Assim que meus pés tocaram o chão eu senti tudo rodar e perdi o equilíbrio me segurando na primeira coisa ao meu alcance: Thomas Parker. E isso foi um erro terrível, porque ele não conseguiu me segurar, e eu cai no chão, o trazendo junto e fazendo cair por cima de mim.

“Desculpa” ele disse com o rosto corado, enquanto se levantava e me ajudava a levantar.

“Eu que tenho que pedir desculpas, eu que me segurei em você” falei enquanto me certificava que não estava mais tonta.

“E eu não te segurei” ele respondeu me fazendo rir. Ele era fofo demais, tirando o fato de que era bonito, e tinha aquele sotaque de Bolton que me encantava.

“Awn” eu falei apertando sua bochecha vendo-o ficar vermelho novamente. “Na verdade é tudo culpa do James e da sua brincadeira idiota” falei cruzando o braço e fazendo biquinho. Sim, agora Tom poderia me chamar de criança porque eu de fato parecia uma.

“Não tenho culpa se você tem medo” Jay se defendeu.

“Ah tem sim” eu retruquei e ele me olhou confuso “foi você quem me derrubou e causou esse trauma” expliquei e ele riu

“Ainda isso?” eu murmurei um ‘uhum’ para ele.

“Jay, eu preciso ir pra casa. Ainda tenho que preparar janta” falei olhando no relógio e constatando que já eram quase sete da noite.

“É pra isso que serve sua mãe” Nathan falou piscando e eu ri.

“Ela ta viajando” resmunguei contrariada “e me largou sozinha por uma semana” completei fazendo drama e me arrependi no mesmo minuto.

“Isso significa que tem a casa só pra você...” começou Jay e eu previ o perigo

“Por uma semana inteira...” continuou Nathan

“Uma adolescente sozinha em casa...” Tom

“Por uma semana...” Max

“Significa festa” enfim concluiu Siva, e eu gemi.

“O que não faço por vocês” falei enquanto via os garotos comemorarem “Mas...” falei fazendo-os ficarem quietos “vocês vão arrumar a bagunça depois e vão cobrir todas as despesas.” Falei e eles mais do que rapidamente concordaram.

“Posso ficar na sua casa hoje ?” James perguntou me fazendo olha-lo surpresa enquanto o olhar de Tom se voltava pra ele tão rápido quanto o meu, ainda mais surpreso.

“Cla-claro” eu gaguejei a resposta ainda surpresa pela calma e repentina proposta dele. Irmã Cláudia minha voz interna gritou me lembrando que ele me via como irmã, como melhor amiga. “Isso significa que eu não vou fazer comida, porque você vai querer pizza” falei dando as costas pra ele e indo me despedir dos outros meninos.

“Me assusta o quanto você me conhece” ele respondeu dando um hi-five em Nathan e seguindo para Tom, enquanto eu dava um abraço em Siva e depois em Max. Me aproximei de Nathan e o abracei deixando Tom por ultimo. Quando o abracei ele me segurou um pouco mais de tempo

“É divertido quando você vem junto com o Jay. Deveria vir mais vezes” ele falou baixo para que só eu ouvisse, e eu sorri. Eu disse que ele era um amor de pessoa.
“Obrigado, é bom saber que vocês não tem nada contra mim” respondi lhe dando um sorriso e um beijo na bochecha. Ele sorriu de volta e eu fui até Jay que comentava algo sobre algum jogo de futebol com Siva e Max.

“Bom, vamos então?” ele perguntou quando parei ao seu lado.

“Claro. A gente se vê meninos. Tchau. E não aprontem muito” falei rindo. Me despedi também de todos os demais presentes e sai do estúdio encostando no carro de Jay enquanto esperava por ele. Ele demorou algum tempo ainda, mas foi o suficiente para me acostumar com a ideia de que ele iria dormir na minha casa.
Entramos no carro e Jay estava quieto, a cara levemente fechada e dessa vez não ligou o radio. Certo, algo estava errado.

“O que aconteceu?” perguntei baixo levemente receosa e ele me olhou de canto de olho sem desviar muito a atenção da rua.

“Nada” respondeu mais seco do que eu creio que ele pretendia, e eu encolhi meus ombros.

“Tudo bem” respondi voltando minha atenção pra rua, ele suspirou.

“Desculpa” falou e eu resmunguei um ‘que seja’ para ele “É só que...” ele parou no meio da frase me fazendo virar novamente para ele, curiosa.

“Só que o que?” perguntei sem esconder a curiosidade e ele respirou fundo como se tomando coragem pra dizer o que fosse

“Eu... eu acho que o Tom gosta de você” Jay falou rápido demais e eu olhei incrédula pra ele, não acreditando nas suas palavras.

“O Tom? Gostando de mim? De mim, James?” perguntei e ri nervosamente no final “Não viaja” completei

“E porque ele não gostaria?” James devolveu. Pelo menos motivo que você. Pensei.
“O que ele veria em mim com tantas garotas mais bonitas e inteligentes do que eu dando em cima dele?” respondi a sua pergunta com outra. E era bem isso mesmo, nem Tom nem Jay e nem nenhum dos outros olharia pra mim jamais. Eu era apenas a ‘irmãzinha’ do Jay que pouco a pouco virava a ‘irmãzinha’ de todos.
“Você não se dá valor ” ele falou me fazendo encara-lo.

“É diferente eu não me dar valor e ser realista” respondi olhando pra fora do carro.
“Então você precisa aprender o que é ser realista” ele respondeu e eu fiquei em silencio sem ter mais o que falar. Já estávamos quase chegando em casa quando resolvi quebrar o silencio

“Você acha mesmo que ele gosta de mim?” perguntei levemente sem graça. O Tom era bonito. Não, ele era lindo, tinha um bom corpo, um sotaque que me encantava e era todo fofo, e acima de tudo, ele podia me ajudar a esquecer o Sr. James McGuiness sentado agora ao meu lado, ou como ele preferia que todos o chamassem agora Jay.

“Ou você é muito lerda, ou esta se fazendo de tonta” ele respondeu, me fazendo voltar a olhar-lo.

“Então você quer dizer que realmente... que ele gosta de mim? Tipo assim, mesmo, mesmo, mesmo?” perguntei com um leve sorriso no rosto. No fim das contas, eu ainda era uma adolescente, certo?

“Já disse, me de um motivo pra que ele não goste” Jay repetiu o que havia falado poucos minutos atrás.

“Eu posso te dar vários” falei enquanto entravamos em casa, ele riu.

“Olha pra mim ” ele pediu e eu obedeci. Quando meu olhos encontraram os dele senti minha pernas fraquejarem levemente, mas me mantive firme. “Para de se rebaixar, de achar que ninguém gosta de você” ele pediu e eu desviei o olhar. Não era questão de ninguém gostar de mim, o único que tinha que gostar de mim daquele modo jamais gostaria.

“Eu.. eu vou tentar” murmurei. Ele então segurou meu queixo levantando-o e obrigando-me a encara-lo novamente.

“Você é bonita, divertida, inteligente. Me diz o porque do Tom ou de qualquer outro homem não gostar de você” Então, porque você não gosta?

“Vai saber, não entendo a mente masculina” eu disse o fazendo rir baixo, seu hálito atravessando meus lábios e me enebriando mais ainda.

Eu não sabia por quanto tempo mais eu poderia manter-me sobre controle, mas nessa hora o celular dele começou a tocar em algum lugar chamando nossa atenção. Eu aproveitei pra tomar espaço entre a gente e respirar novamente.
“Vou pedir a pizza” falei deixando ele sozinho na sala falando com seja lá quem fosse.

Peguei o telefone da pizzaria que estava pregado na geladeira e peguei o telefone “Oi Peter, é a , tudo bem?” falei assim que a voz melodiosa de Peter soou do outro lado do telefone. Sim, eu ligava muito para aquela pizzaria, a ponto de ser intima do atendente.

“Tudo sim e você?”

“Bem também. Seguinte, hoje vou querer duas. Uma de Calabresa e outra de Margueritta” falei o fazendo rir.

“James esta ai?” Eu disse que era intima dele

“Já conhece né? E manda refrigerante também” falei rindo.

“Beleza, já mando. Coloco na conta da sua mãe?”

“Claro” rimos “a gente se fala.”

“Sim, beijos” desliguei o telefone e voltei pra sala, encontrando Jay remexendo nos meus DVDs

“Ei” eu gritei o assustando e derrubando uns dois “já disse pra não mexer, você sempre derruba eles” falei o afastando da estante enquanto ele ria

“Só queria ser eu a escolher o filme dessa vez, pra variar um pouco, sabe como é que é?” ele falou sarcástico e eu dei a língua pra ele

“Você pode escolher, desde que seja a distancia. Ou então aprenda a ter cuidado” resmunguei.

“Deixa de ser chata ” ele falou me puxando pela cintura e me afastando de lá, colocando seu corpo entre eu e a estante.

“Eu juro, James, que se tiver um arranhãozinho em qualquer um deles você esta morto” falei me jogando no sofá

“Você não tem coragem de me matar” É, provavelmente não

“Não faça o teste” retruquei.

A noite seguiu assim com briguinhas infantis e brincadeiras entre os dois. A pizza chegou e comemos, sendo que ele comeu a de Margueritta inteira, e apenas não comeu mais por ser vegetariano.

Quando o relógio marcou meia noite eu bocejei deitando a cabeça no encosto do sofá

“Estou com sono” murmurei virando pra ele, percebendo que ele me olhava

“Vamos deitar então” ele falou se levantando e me puxando pela mão. Fiquei em pé e fui até meu quarto, ameaçando a fechar a porta, mas ele segurou

“E eu vou dormir aonde?” ele perguntou e eu parei por um segundo. O quarto da minha mãe estava trancado

“No sofá?” perguntei retoricamente

“Vai mesmo me deixar dormir no sofá duro?” ele fez uma carinha de cachorro sem dono

“Tudo bem, entra” falei abrindo a porta pra ele passar.

“Eu te amo, sabia?” ele falou me dando um beijo no rosto enquanto eu deitava na cama. Não do jeito que eu quero

“Sabia, você não vive sem mim” falei virando pro lado oposto que ele estava. “Boa noite Jay” falei fechando os olhos.

Estava quase dormindo quando o senti se aproximar de mim e passar seu braço pela minha cintura me trazendo pra perto, minhas costas ficando contra seu peito nu.

“Boa noite” ele sussurrou, e pouco depois eu percebi que ele adormecera, e apesar da vontade de ficar acordada só pra me sentir sendo abraçada assim por ele, o sono me venceu me fazendo cair na escuridão acolhedora da inconsciência.




“Acorda ” a voz de Jay veio perto do meu ouvido e eu abri os olhos instantaneamente me virando pra ele. Ele ainda estava deitado ao meu lado, seu braço ainda me prendendo junto a si pela cintura.

“Que horas são?” resmunguei escondendo o rosto no seu pescoço para fugir da claridade

“Quase duas da tarde” ele respondeu calmo

“Duas da tarde?” eu praticamente gritei me afastando dele

“Calma , ta querendo me deixar surdo?” ele reclamou.

“Nós perdemos aula James” eu falei brava com ele, não que ele tivesse culpa, mas mesmo assim.

“Falou a garota mais estudiosa do mundo” sarcasmo puro na sua voz.

“Se quer saber, eu não tenho problema se reprovar de ano. Mas você tem, porque se você não for aprovado, já era essa ideia da banda” eu respondi irritada. Eu nem sabia ao menos do porque eu estava irritada com ele, mas eu estava.

No fundo, no fundo, eu sabia que era pelo modo que ele vinha agindo comigo, me dando falsas esperanças e sem saber me iludindo que ele poderia um dia vir a se apaixonar por mim.

“Não precisa jogar na minha cara” ele falou mal-humorado “que que deu em você ein? TPM?” perguntou me fazendo bufar.

“Vou tomar banho, liga pros meninos e manda eles virem aqui pra combinar a festa de amanha” falei

“Sim senhora madame” ele satirizou e eu ignorei.

Meia hora depois eu saia do banho, trocada e pronta. James continuava deitado na minha cama

“Jay” chamei baixo e ele me olhou “desculpa?” pedi e ele sorriu de lado

“Claro” ele respondeu e eu respirei fundo “a proposito, os meninos devem chegar a qualquer minuto. E eu mandei eles passarem em qualquer lugar e trazer almoço pra gente. Não me responsabilizo” ele completou levantando a mão como se isentando de culpa, eu ri.

“Certo” eu falei jogando a toalha na mesa e começando a pentear o cabelo quando a campainha tocou, mal eu abri a boca Jay me interrompeu

“A casa é sua” ele tinha um sorriso sacana nos lábios e eu lhe mandei o dedo antes de sair correndo pra abrir a porta e dando de cara com Tom. Corei ao ver ele e lembrar do que Jay me dissera ontem.

“Oi” falei animada, convidando todos a entrar e indo até o quarto fazendo sinal pra me seguirem.

“Só vou deixar isso na cozinha antes” Tom falou e eu assenti entrando no quarto de volta e voltando pro espelho. Jay continuava na mesma posição que estava desde que acordara e os outros meninos se acomodaram logo. Cerca de um minuto mais tarde Tom entrou no quarto

“Então o que...” sua voz sumiu quando seu olhar caiu em Jay na minha cama, só de bermuda e esparramado, seu cabelo bagunçado e cara de quem havia acabado de acordar. Ele entendera bem que James dormira ali comigo. Ele fingiu uma tosse antes de continuar “que vamos fazer amanha?” terminou a pergunta e eu me virei pra ele

“Tom, queridinho” comecei me aproximando dele “isso é problema de vocês” terminei deixando a escova de cabelo na cômoda “eu disse que só ia fornecer a casa” comentei

“Então porque chamou a gente aqui?”

“Pra não ficar sozinha, já que o Sr. James ali além de não ter levantando pra ir pra escola não parece dar sinal algum de que vai levantar” falei olhando diretamente pra Jay que me deu um sorrisinho irônico

“Como se você tivesse acordado” ele resmungou

“Você que deveria ter me acordado, afinal, eu sou a mais nova aqui, lembra? Sua responsabilidade baby” retruquei saindo do quarto “e eu vou comer, quem me acompanha?” falei esperando profundamente que Tom pegasse a minha indireta.

“Já comi, mas se quiser companhia” Tom falou vindo logo atrás de mim

“Eu adoraria” sorri para ele recebendo um sorriso de volta. Chegamos na cozinha e vi uma travessa de lasanha ali em cima, e não pude conter meus pulinhos de alegria. Me servi e me sentando, enquanto Tom se sentava de frente para mim.

“Então, você e o Jay, uh?” ele perguntou num tom falsamente brincalhão e eu ri.
“Não tem nada entre eu e o Jay” falei e ele me encarou

“Mesmo? Porque as vezes parece que ele te tem completamente” parei de comer o olhando. Ele reparava tanto assim em mim? E de fato, James me tinha completamente

“É só impressão sua. Somos melhores amigos e só isso” falei sorrindo pra ele como se o estimulasse. Estava mais do que claro agora que ele de fato gostava pelo menos um pouco de mim, e isso me fez sorrir internamente. Quando ele abriu a boca pra falar algo James entrou na cozinha seguido de Max e Siva e Nathan que discutiam algo entre si. O olha de James foi de Tom para mim, para então balançar a cabeça e pegar um prato colocando o único pedaço vegetariano de lasanha –que ele provavelmente obrigara os meninos a comprar- e se sentando ao meu lado.
Passamos a tarde inteira apenas discutindo as coisas da festa de amanha. Queriamos que a festa fosse boa, afinal de contas, era uma festa de uma banda que estava se tornando cada vez mais famosa. Eu fazia o máximo de esforço pra ficar longe de Jay e me aproximar de Tom, eu estava realmente interessada em investir no garoto. Porém sempre que eu me afastava dele ou apoiava em Tom e derivados, James dava um jeito de interpor entre eu e Tom. E aquilo estava me irritando já.

“Certo” falei depois de um tempo. “Vamos nos dividir.” Eles olharam para mim esperando que eu fizesse a divisão “Max e Siva, vocês compram as bebidas” “Jay e Nathan se encarregam dos convidados e eu e Tom vamos atrás dos aparelhos de som e de decoração” falei e James me olhou atravessado

“Porque eu tenho que ficar com a parte dos convidados?” ele reclamou

“Porque você e o Nathan são os mais popularzinhos da banda” retruquei. “nos vemos aqui em duas horas, pode ser?” perguntei e eles assentiram. Puxei Tom pela mão e sai de casa sem esperar pelos outros.

“Para que tanta presa?” ele perguntou divertido e eu fiz uma careta

“To fugindo do Jay” respondi e ele me olhou confuso

“Você fugindo do Jay, difícil de acreditar” ele era meio irônico

“Ele grudou em mim hoje de um jeito que não estava mais suportando” respondi “Porque acha que fiz questão de nos separar em duplas?” perguntei rindo com um que de malicia na voz.

“Então, é tudo parte de um plano. Eu deveria saber” ele brincou. Só então eu me dei conta que ainda segurava a mão dele, abaixei o rosto corando e quando fiz menção de soltar sua mão ele a segurou. Eu sorri vendo ele sorrir com isso.

Andamos mais algumas quadras até chegar em uma loja com bastante equipamentos eletrônicos, luzes e tudo que precisávamos. Soltei sua mão e entrei na loja sendo seguida por ele.

Meia hora mais tarde já tínhamos alugado tudo e pedido que entregassem amanha pela manha, o que significava que eu não iria a escola novamente, e que na noite seguinte minha casa estaria parecendo uma balada

“E agora, o que vamos fazer? Temos uma hora e meia ainda” ele falou

“Qualquer coisa que me mantenha longe de casa. Preciso de um descanso do Sr James-vou-perseguir-minha-melhor-amiga-McGuiness” falei fazendo Tom rir e me puxar pela mão para caminhar num parque que tinha ali perto, e eu não conhecia.

“Você e o Jay dormiram juntos?” ele perguntou do nada e eu olhei pra ele. Ele tentava manter uma expressão despreocupada, mas dava pra perceber que ele estava se corroendo pela resposta.

“Na mesma cama sim, mas não juntos” respondi entrelaçando meus dedos com os dele. E ele pareceu entender o sinal porque parou de andar, o que me fez parar de andar também

“Isso significa que...” ele começou mas parou. O olhei de modo estimulador querendo que ele continuasse “que eu tenho uma chance?” ele perguntou baixinho, inseguro. Como ele podia ser tão...ele?

“Porque não?” respondi sorrindo o fazendo me encarar com um sorriso largo no rosto. Mas não tive muito tempo pra analisar seu sorriso porque logo depois seus lábios estavam nos meus, doces e delicados. Sua língua pediu passagem e eu entreabri os lábios permitindo que ele aprofundasse o beijo. Era calmo, mas com bastante desejo da parte de ambos. Nossas línguas dançavam num timing quase perfeito e isso me fez sorrir em meio ao beijo. Minhas mãos brincavam com os cabelos da sua nuca e as dele estavam na parte de baixo das minhas costas me dando apoio e me mantendo perto de si. Quando o ar se fez necessário cortamos o beijo naturalmente, sorrisos em ambos os rostos.

“Eu nunca achei que fosse ter alguma chance contra o Jay com mulher alguma” ele falou baixo me fazendo rir, nossos halitos se misturando.

“Acredite, você tem e com muitas” respondi. Podia não ser totalmente verdade aquilo, mas eu estava disposta a esquecer James McGuiness porque afinal eu tinha Thomas Parker em minhas mãos certo?

Passamos cerca de meia hora ali no parque só conversando e trocando beijos e essas coisas de casais. Mesmo que não fossemos um casal, ainda. Volte e meia ele falava alguma bobagem que me fazia rir. Depois de algum tempo decidimos voltar para casa.

“Nós vamos contar pros meninos?” perguntei no meio do caminho. Ainda de mãos dadas, ele sorriu

“Não se você não quiser” ele respondeu e eu dei de ombros, um sorriso sacana apareceu em seus lábios “Porque não deixamos que ele vejam amanha na nossa festinha?” falou e eu ri junto com ele. Oh, aquela festa renderia muitas coisas.
Quando estávamos a alguns quarteirões de casa soltamos as mãos e sorrimos cumplices um pro outro. Entrei em casa fechando a porta depois de Tom passou e sorri ao constatar que não havia ninguém. Tom também não deixou esse detalhe escapar e logo me puxou para perto de si, um sorriso de canto nos lábios. Puxei-o para perto juntando nossos lábios, nossas línguas se encontrando no meio do caminho. Eu demorei pra perceber que pouco tempo depois eu estava entre seu corpo e a porta da casa. Os beijos se tornaram um pouco mais urgentes e, por assim dizer, agressivos. Minhas mãos estavam espalmadas em seu peito enquanto as dele apertavam minha cintura trazendo-me para cada vez mais perto. Seus lábios desceram por meu pescoço deixando um rastro de beijos e eu arrepiei. E ele percebeu.

Alguem bateu na porta nos sobresaltando. Empurrei o corpo dele para longe enquanto respirava fundo

?” era a voz de James, ótimo.

“Já vou” respondi tentando manter a voz firme. Levei mais alguns segundos até que nós normalizassemos a respiração para que Jay e Nathan não percebessem nada.

Abri a porta com um sorriso um pouco falso demais e James me olhou desconfiado, sorri mais abertamente ainda e ele riu.

“Você queria uma festa grande e de arrasar certo?” ele perguntou e eu assenti com o cabeça enquanto fechava a porta e ia me sentar ao lado de Tom no sofá. Jay e Nathan ocupando o sofá da frente “Bem, é mais ou menos isso que você vai ter” ele completou e eu sorri abertamente.

Não tardou até que Max e Siva chegassem e passamos a noite conversando e comendo, pizza novamente. Quando o meu relógio marcou dez horas eu disse que eu, Jay e Nathan precisávamos dormir porque tínhamos escola. Nunca ouvi Jay e Nathan reclamarem tanto, mas no fim cederam. Avisei aos outros três que se quisessem ficar pra dormir podiam, e que eu tinha colchões extras no quarto de visitas. Dei boa noite para todos, deixando Tom propositalmente por ultimo.
“Boa noite” murmurei perto do seu ouvido

“Ele vai dormir com você de novo?” perguntou baixo e eu acenei com a cabeça, até porque não tinha muita escolha. Não tinha uma justificativa pra expulsar o Jay do quarto. Ele só suspirou “Boa noite” finalizou e me deu um beijo no canto da boca.
Fui para o quarto na frente de Jay deitando na cama, cinco minutos depois ele entrou tirando a camisa e jogando pro lado, deitando do meu lado.

“Porque fugiu de mim o dia todo?” ele perguntou e eu gemi, indicando que não queria conversar sobre isso. “Responde” ele pediu, e eu sabia que ele estava virado para mim.

“Não sei” decidi pela verdade “você grudou como uma sarna em mim hoje, eu só precisava de um tempo” falei

“Um tempo com o Tom?” ele perguntou irônico e eu respirei fundo.

“Com qualquer um deles servia James. Eu só separei daquele jeito porque era o mais pratico” falei do modo mais convincente possível. Ele pareceu acreditar. Logo ele me puxou para perto de si de novo e eu deixei que ele me abraçasse enquanto uma vez mais adormecia.




A luz incomodou meus olhos e eu acordei, percebendo que tinha esquecido a cortina aberta. Jay continuava adormecido ao meu lado, olhei no relógio e vi que ainda eram seis e meia. Resolvi tomar um banho antes de acordar Jay e Nathan.
Quando sai do banho Jay já não estava dormindo.

"Porque levantou?" perguntei vendo-o se assustar levemente, mas se recompondo rapido

"A cama ficou vazia demais" ele murmurou e eu desviei o olhar. Era por essas coisas que eu ficava brava com ele, por ele ficar falando como se fizesse alguma diferença. Tudo bem que ele não sabia o quanto me afetavam suas palavras, mas de qualquer modo ele podia perceber que eu ficava levemente desconfortável.

"Vou acordar o Nathan e um dos outros pra pedir que fiquem aqui pra receber as coisas" falei indo para a porta

"Achei que ia faltar" ele estava rindo

"E perder a chance de chegar na escola escoltada por Jay McGuiness e Nathan Sykes?" perguntei o fazendo gargalhar "na verdade eu lembrei que tenho uma prova de inglês" dei de ombros enfim saindo do quarto. O quarto da frente era da minha mãe e continuava trancado, e ao lado tinha o quarto onde os meninos provavelmente haviam dormindo.

Entrei me deparando com uma cena divertida. Siva e Nathan estavam nos dois colchões no chão enquanto Tom e Max dividiam a cama de casal. Se eu não conhecesse bem eles falaria que formariam um casal bonito, mas eu sabia muito bem que o Tom não jogava naquele time.

"Nathan" chamei baixo ao lado do garoto e ele resmungou "escola baby" falei rindo e ele escondeu o rosto. Ele era mesmo una total criança "baby Nath, vamos. Vai chegar atrasado" falei ainda em voz baixa, tirando o travesseiro e o cobertor dele.

"To indo" ele falou me falou fazendo rir

"Qual deles esta com a chave do carro?" perguntei e Nathan resmungou um 'sei la, acho que o Tom'. Eu sorri e sentei na cama ao lado dele, colocando a mão em seu ombro. Me aproximei do seu rosto

"Tom" chamei, mas ele não se mexeu "Tommy, levanta" pedi passando a mão pelo seu rosto e ele se virou pra mim, os olhos ainda fechados

"Que foi?" ele perguntou sonolento, ele parecia uma criança daquele jeito.

"Eu tenho que ir pra escola. Preciso que fiquem aqui para receber as coisas e queria saber se não rola uma carona ora escola" falei o fazendo rir baixo.

"Cinco minutos" ele falou e foi a minha vez de rir

"Me sinto mãe de vocês assim" comentei e dessa vez quem riu alto foi Nathan

"De certo modo você acaba sendo" ele se justificou e eu sai pra cozinha. Ainda precisava algo pra comer. Quando cheguei lá Jay já estava com aquele uniforme 'preservador' da escola que ficava perfeitamente no seu corpo, parado em frente ao fogão fritando ovos.

"Achei que isso fosse meu trabalho" comentei sentando enquanto ele colocava um prato na minha frente

"Você ta fazendo tudo" ele se justificou dando de ombros, eu deveria saber.
Pouco tempo depois eu já estava pronta na porta de casa, Tom ao meu lado enquanto esperava os que os dois bonecos terminassem de se arrumar

"Pelo amor de Deus. Vamos logo James, Nathan" eu falei alto, e eles só gritaram um já vou em resposta.

"Achei que já estivesse acostumada com o Jay" Tom comentou ao meu lado e eu ri

"Eu estou, é só que ele nunca me fez chegar atrasada em algum lugar. E é bom que não faça" grunhi "eu to indo pro carro. Se não estiverem lá em cinco minutos eu obrigo o Thomas a deixar vocês aqui" falei pra que os dois ouvissem e sai de casa, enquanto Tom me seguia.

"Sabe, eu gostei do uniforme de vocês" ele falou parando a minha frente. Ele deu um passo pra frente me forçando a ficar encostada no carro enquanto o corpo dele estava a centímetros do meu.

"Eu sempre falei que essa saia era meio fetiche, o diretor me colocou de castigo quando eu disse isso" falei e ele riu baixo, fazendo com que o ar que ele soltou batesse contra o meu rosto.

"Me tira da cama, me pede ora ser seu motorista e ficar aqui pra receber as coisas e não ganho nem um beijo de bom dia?" ele perguntou e eu sorri nervosamente

"O Jay e o Nathan podem..." mas o resto da minha frase foi cortada quando ele juntou nossos lábios. Correspondi o beijo, mas logo o cortando. "você é louco" falei o afastando, coisa que ele fez rindo, e entrei no carro em seguida.

"É mais divertido quando corre o risco de sermos pegos" ele falou entrando ele também no carro. Minuto depois Jay e Nathan saiam correndo da casa e entravam no carro.

"Finalmente" eu falei enquanto Tom arrancava com o carro

"Eu precisava me arrumar" Jay falou e eu me virei pra ele

"Estava mais bonito quando acordou" falei dando de ombros "alias, não sei pra que esses mil cremes e derivados. Você continua igual" ele me olhou inconformado "que foi?" perguntei olhando-o pelo retrovisor. Ao meu lado Tom segurava a risada.
Alguns minutos depois chegamos na escola e foi só o carro parar pras meninas amontoarem. Bufei irritada fazendo o olhar dos três virem pra mim

"Eu não gosto de muita gente em cima de mim" inventei. Na verdade é que eu sabia que assim que Jay saísse do carro ia começar a putaria delas pra cima dele. E não deu outra, lancei um olhar mortal pra cada uma delas e ameacei sair do carro, mas a mão de Tom segurou meu pulso

"Posso te pedir uma coisa?" ele falou baixo e eu confirmei "não minta mais pra mim" ele falou me encarando e eu engoli em seco.

"Do que você esta falando?" me fiz de desentendida, mas minha voz estava nervosa.

"Sobre o Jay. É obvio que você gosta dele" ele completou e eu arregalei os olhos. Como?

"Co-como assim?" gaguejei, me entregando completamente.

"É só ver como você olha pra ele. Ou o quanto fecha a cara sempre que outra garota vem pra cima dele" ele respondeu. Era tão obvio assim, ou Tom que me observava demais?

"É tão obvio assim?" perguntei baixo e ele riu.

"Só se prestar atenção" ele respondeu e eu mexi as mãos nervosa. Eu não conseguira manter minha pequena mentira por nem um dia. A mão de Tom foi até a minha

"Porque não falou a verdade?" ele perguntou.

"Porque eu sabia que você gostava de mim." eu falei "e porque eu quero esquecer ele" completei mais baixo, mas ele ouviu.

"Negar o que você sente não vai te ajudar em nada. Mas..." ele parou por um minuto e eu olhei pra ele "se ainda estiver disposta a esquecer ele..." ele deixou a frase no ar e eu sorri. Me aproximei abraçando-o

"Obrigado" sussurrei. Fiquei ali por algum tempo ainda "eu tenho que ir" falei baixo me afastando e indo abrir a porta

"Ei" ele me chamou e eu me virei pra ele. Ele chegou perto e me deu um selinho "boa aula" falou sorrindo

"Obrigado, vou precisar" respondi fazendo ele rir e enfim saindo do carro.

As garotas ainda estavam ao redor de Jay, de modo que ele nem se deu conta de que eu demorara pra descer do carro. Nathan já havia desaparecido e algumas garotas me encaravam e discutiam alguma coisa.

"Você vem?" perguntei parando ao lado de Jay que enfim desviou seu olhar pra mim. Tinha algo estranho, ele não estava caloroso como normal. Tinha uma leve frieza ali que eu não sabia da onde tinha vindo.

"Não" ele respondeu me dando as costas, eu suspirei e entrei na escola sozinha e fui direto pra sala. Novamente escolhi a carteira mais ao fundo.

A manha passou rápido, a prova de inglês não estava difícil, e logo estava na aula de Literatura, a ultima do dia. E por acaso, a primeira vez que eu veria Jay depois que ele ficou dando atenção para as fans.

Ele entrou na sala, olhou pro lugar vago ai lado do meu, suspirou balançando a cabeça enquanto sentava em um lugar qualquer. Dei de ombros sem me importar muito, ou tentando ao máximo não me importar. A aula passava lentamente, ao contrário do resto da manha. Talvez fosse ele ali. Até que uma pergunta chamou a minha atenção

"Nós diga algo que você não gosta James" a professora pediu, e meu olhar se desviou para ele a tempo de ver seu olhar passar rápido por mim

"Quando uma pessoa em que eu confiaria a minha vida mente pra mim" ele respondeu automático e eu senti a alfinetada.

"As vezes ela teve um motivo" me ouvi falando, chamando a atenção dele e de todos.

"Então ela que me mostre, porque eu não vejo nenhum" ele contrapôs
"Talvez esse seja o problema; você nunca enxerga nada" retruquei e ele boquiabriu-se

"Porque eu realmente ia esperar que você ia se jogar em cima do Thomas na primeira oportunidade. E depois negar pra mim, seu melhor amigo" ele praticamente cuspiu.

"Todo esse drama por isso?" eu perguntei irritada "como se você não ficasse com mil e uma garotas nas festas" atirei.

"Não com uma 5 anos mais velha do que eu" ele retrucou e eu balancei a cabeça.
"Não venha dar uma de irmão mais velho pra cima de mim James, quando você mesmo me deu a idéia" eu falei e ele ficou quieto por um segundo

"Eu não te dei idéia nenhuma" ele falou tentando se convencer disso

"Não? E a parte de que falou que Heart Vacancy te lembrava de mim? Pra logo depois falar que achava que ele gostava de mim?" perguntei e ele pareceu se recordar do dia do PhotoShoot "eu só fiz o que você indiretamente me mandou fazer: siga em frente, de uma chance, pare de sofrer por outro" cuspi já pegando meu material. A professora parecia divertida com isso tudo, e os colegas de sala; quem não gosta de briga?

"Ah, sim e quem é esse outro cara?" Você, seu idiota foi o que eu tive vontade de gritar, mas respirando fundo só falei

"Não importa mais. Eu já segui em frente" falei enquanto começava a andar
"Não tem outro cara" ele falou enquanto eu passava por ele "isso é só uma desculpa idiota sua pra sair como a boazinha da história" ele falou e eu senti meu sangue ferver

"Sempre existiu um outro cara, e todo mundo percebeu. Todo mundo sempre percebeu, mas você esta ocupado demais brincando de ser famoso pra enxergar as coisas James. Só fique sabendo de uma coisa, tudo tem um limite, e isso foi o meu. O meu melhor amigo teria enxergado as coisas e mesmo que não, ele teria entendido. Eu não sei quem você é. Então no dia que você ver o James McGuiness avisa pra ele que eu estou procurando-o." falei, e com um sorriso cínico completei "nos vemos na festa da sua banda, Jay" dei ênfase no apelido, deixando bem claro com quem eu falava, e sai da sala. Puxei o ar, controlando minha respiração e raiva. E também controlando as lagrimas que estavam a ponto de escorrer.

Sai para o pátio e logo eu saia dos terrenos da escola. Caminhei até em casa, cerca de quinze minutos -sim, eu pedi pra Tom levar a gente por pura preguiça- entrando e largando meu material ali de qualquer jeito, até a voz de um desconhecido me sobressaltou

"Desculpa mocinha, mas estamos montando as coisas. Se importa de levar isso pra outro lugar?" perguntou e eu neguei com a cabeça buscando por minha mochila e indo até meu quarto.

A casa estava um silencio, fora os caras trabalhando na construção. Se Tom tivesse largado esses caras na minha casa sozinhos eu ia cortar a cabeça dele em mil pedacinhos.

"Achei que estava na escola ainda" a voz de Max soou atrás de mim

"Culpe aquela coisa que vocês dizem ser um ser humano e atende pelo nome de Jay" falei o nome dele do modo mais nojento possível. Max riu.

"E o que ele fez agora?" perguntou sentando na minha cama

"Ele conseguiu ultrapassar os limites de idiotice dele" respondi. Pelo visto Max não sabia ainda. Quer dizer, como é que James sabia? Nenhum dos dois tinha contado e o carro tinha insufilm, de modo que ninguém viu o que aconteceu hoje de manha.

"Cara, você viu a capa do jornal hoje? Não..." Siva entrou no meu quarto, cortando o que dizia a Max no meio. "e-eu não sabia que você já tinha voltado Cláudia" ele falou colocando o jornal para trás. Eu tinha a leve impressão que ia descobrir como James sabia de mim e Tom.

"O que que tem o jornal?" Max perguntou sem perceber que Siva tentava esconder o jornal de mim

"É, o que que tem ai?" perguntei puxando o jornal da mão dele e o ouvindo gemer frustrado.

Parte de mim estava surpresa, outra nem tanto.

Na capa do jornal tinha uma foto minha e de Tom no parque, na legenda 'pelo jeito, Jay McGuiness falava serio quando dizia que ela era só sua amiga.' e do lado um pág 4. Indicando que a noticia continuava. Eu respirei fundo largando o jornal ali e indo pra cozinha. Os dois me seguiram e eu sabia que em poucos minutos eles iam começar a me interrogar. Ótimo.

"Isso é verdade?" Max perguntou e eu revirei os olhos

"Não, é montagem" falei sarcástica enquanto pegava um copo de água.

"Mas..." Siva começou e eu o olhei.

"Mas o que?" perguntei levemente irritada

"Eu achei que você gostasse do Jay, não do Tom" ele falou e eu quase atirei o copo de água nele

"Era tão obvio assim?" perguntei irritada e eles concordaram com a cabeça "o mundo inteiro vê isso, mas ele não" falei inconformada "não importa de qualquer jeito" falei dando de ombros "ele é passado agora, vou seguir em frente e esquecer ele." falei, e os dois me encaravam como se quisessem falar algo.

"Não acha que esta sendo um pouco precipitada?" Max perguntou e eu neguei com a cabeça

"Se antes ele já me via só como amiga, agora que vai ser só isso mesmo" falei. Eu estava até conformada demais, e não sabia se isso era bom ou mal sinal "mas, mudando de assunto. Onde esta Tom? Eu deixei ele responsável pela montagem das coisas e ele some" os meninos me olharam. "porque estão me olhando assim?"

"É só que, você parece bem demais com tudo isso" Siva explicou

"Eu não tenho outra escolha. Ou eu fico bem, ou eu me mato. E hoje, o James me provou que não vale a pena derramar uma lagrima que seja por ele" expliquei. No fundo eu não acreditava nas minhas palavras. Eu ainda acreditava que em algum lugar por ali estava meu melhor amigo, o cara por quem eu me apaixonei, e que cedo ou tarde ele ia perceber tudo. Mas eu tentava acreditar que não, porque assim seria mais fácil superar ele. Mesmo que parte de mim não quisesse. Eles deram de ombros parecendo, ou fingindo, entender meu ponto de vista.

"Podemos contratar alguém pra limpar a casa depois não?" Siva perguntou olhando toda a aparelhagem

"O dinheiro é de vocês" falei rindo. "animados?" perguntei enquanto eles assentiam.

"?" a voz de James me chamou e eu desviei o olhar da montagem das coisas. Siva e Max olharam pra mim, eu sorri fraco. Com a cabeça eles chamaram Nathan e saíram dali deixando nós dois sozinhos.

"Que foi?" soei um pouco mais grossa do que pretendia, e ele abaixou o olhar.

"Desculpa?" ele pediu e eu me mantive em silencio, até que ele me olhasse.

"Porque?" eu perguntei. E ele sabia que ele sabia que eu me referia do porque ter agido daquela maneira

"Não sei" ele suspirou "mas quando eu vi a noticia, o modo como eles estavam falando de vocês dois, o modo como ele te abraçou" ele falava sem interrupção e eu apenas ouvi "eu fiquei com ciúmes. Eu não aguentei ver ele enfiando a língua na sua garganta. , você nem fez 17 anos ainda, e ele faz 22 em um mês." Jay falou enfim tomando ar.

"Mas você não tinha o direito de me tratar daquele jeito" eu falei, ainda magoada. Eu não iria perdoá-lo tão fácil. Não depois de ele praticamente me chamar de vagabunda na frente da sala inteira.

"Eu sei" ele sussurrou.

"Então pensasse antes de sair atirando pedras por ai. Palavras machucam mais do que pedras" falei saindo da cozinha e deixando ele sozinho. Certo, eu estava sendo mais dramática do que necessário, mas ele mesmo quem me chamava de Drama Queen não? Então tenho meus direitos. Mal entrei na sala e trombei com Tom que chegava sabe-se lá de onde.

"Teve um bom dia?" ele perguntou depois de me segurar.

"Olha o jornal e descobre" respondi indo pro quarto e o fazendo me seguir

"Como assim?" ele perguntou e eu o abri a pagina quatro do jornal

“Desde que a banda começou a ser reconhecida todos especulam a vida dos cinco garotos que formam o The Wanted” comecei e ler em voz alta “Não foi necessário muito tempo até um deles chamasse mais atenção. Jay McGuiness não chamou a atenção apenas das garotas por sua beleza, mas também da imprensa ao notarem que aonde quer que o garoto fosse estava sempre acompanhado de uma garota, que mais tarde descobrimos chamar . Se ele ia ao cinema, ela estava junto. Se ia andar de Skate, ela já estava pronta. E em todos os shows da banda lá estava ela, na primeira fileira. Interrogado sobre a linda acompanhante, tudo que Jay disse foi ‘é a minha melhor amiga, nós conhecemos desde que nascemos’ porém ninguém jamais acreditou nisso. E eles sempre nos davam motivo para não acreditar neles. O tempo todo abraçados ou de mão dadas, brincando e sorrindo um para o outro, ninguém conseguia acreditar que entre eles havia apenas amizade” respirei fundo antes de continuar. A essa altura, é claro, Tom já tinha entendido, mas não fez menção de me parar “Quando perguntamos aos demais garotos sobre o que achavam da garota estar presente todo o tempo disseram que ela era divertido e não tinham problema algum com isso. ‘ela é como uma irmã pra gente’ completou Nathan. Mas pelo visto nem todos os integrantes da banda a vêem como uma irmã. Na tarde de ontem, alguns repórteres flagraram não apenas passeando, como também trocando caricias com, ninguém mais ninguém menos que Tom Parker, colega de banda de seu melhor amigo. No final das contas, ela acabou provando que não tinha um relacionamento com o mais querido dos garotos da boy-band, entretanto algumas perguntas ficaram ainda sem resposta. Ela, aos 16 anos e 10 meses vai começar um romance com alguém que esta a um mês de completar 22? E ele, agora que a carreira esta crescendo e várias garotas estão desesperadas vai conseguir manter um relacionamento com alguém tão mais nova, e ainda por cima, melhor amiga do seu colega de banda? E como Jay vai reagir a esse relacionamento? Parece que em breve vamos descobrir as respostas, já que os dois não parecem estar de brincadeira, afinal, o pop-star foi visto saindo da casa dela essa manha para deixá-la na escola, como mostra a foto abaixo” terminei de ler jogando o jornal para Tom que o agarrou. Ele fitava o papel meio incrédulo.

“E o que ele falou?” Tom perguntou depois de um tempo de silencio e eu desviei o olhar dele suspirando. Eu não queria lembrar disso.

“Ele foi um idiota” falei sentando na cama enquanto começa a lembrar da nossa briguinha “ele disse que eu me joguei pra cima de você, que não esperava isso de mim, e praticamente me chamou de vagabunda” falei sentindo um nó na garganta. Tom se sentou ao meu lado

“Hey, não precisamos falar disso agora” ele falou e eu sorri fraco

“Ele falou bastante coisa, e dai agora veio pedir desculpas.” Falei e Tom arqueou a sobrancelha “disse que não aguentou te ver ‘enfiando a língua na minha garganta’” falei usando as palavras de Jay “e que eu era muito criança e que isso e aquilo” terminei por fim.

“E você esta bem?” ele perguntou me puxando pra perto de si.

“Na medida do possível” respondi “só me incomoda que ele não pensou em momento algum que eu podia estar feliz assim” falei “ele só pensou em agir como um irmão mais velho cheio de ciúmes. E ele nem tem direito a isso” completei fazendo Tom rir baixo.

“Ele vai acabar entendendo. Deveria saber disso, você o conhece melhor do que eu” falou e eu suspirei. É, eu conhecia.

“Vamos pensar na festa que vamos dar daqui a pouco e esquecer o meu drama que se tornou nacional agora?” pedi, e ele riu alto.

“Claro pequena” concordou me dando um selinho antes de levantar e me puxar junto.

“Você tem alguma idéia de quantas pessoas vão aparecer por aqui?” perguntei
“Conhecendo o Jay e o Nathan, a cidade inteira” ele respondeu.

“Ainda bem que quem vai limpar a bagunça toda depois é vocês” eu falei e ele fez uma careta ao lembrar disso.

“A idéia foi de vocês, eu deixei bem claro como as coisas iriam funcionar” falei “e eu ainda abri mão de uma organizando tudo” falei.

“Você não organizou tudo” ele reclamou

“Ah não? E quem foi que separou o que cada um deveria fazer? Quem fez a lista do que precisa?” falei e ele se deu por rendido.

Chegamos na sala e os quatro estavam encostados na parede olhando todo o esquema de luzes que tinham montado ali. Os moveis da sala tinham sido retirados todos, porque eu tinha amor pela minha vida, e guardados no barracão do fundo.
Vi o olhar de Jay ir rapidamente de mim, para Tom e para as nossas mãos ainda unidas, antes de suspirar e voltar a prestar atenção

“Uma coisa é totalmente inegável, , você tem bom gosto” Siva comentou

“Não me chama de ” reclamei fazendo careta

“Porque?” ele perguntou curioso

“Porque ela se sente na escola” Jay respondeu por mim e eles riram

“É serio isso?” Tom perguntou e eu confirmei com a cabeça.

“Então Senhorita , o que temos de almoço?” Max perguntou dando ênfase ao meu sobrenome

“Se me chamarem de novo de eu faço almoço só pra mim” respondi

“E eu?” Jay e Tom perguntaram juntos. Se não fosse a situação, eu teria rido.

“Você sumiu enquanto tinha que estar tomando conta da minha casa Senhor Parker, não pense que eu não notei isso” falei o fazendo corar “E você McGuiness, não vai ser um pedido de desculpa que vai me fazer te perdoar” falei saindo pra cozinha, mas não sem antes o ver suspirar frustrado.

“Eu tava na minha” Nathan falou me seguindo e dessa vez eu ri

“Certo, pra mim e pra você então” falei.

“Isso não é justo” Siva reclamou indo até lá, com Max, Tom e Jay em seu encalço.
“Peça desculpas então” falei o encarando

“Desculpa” ele e Max falaram juntos e eu ri.

“Certo, certo” falei olhando para Jay e Tom.

“Pelo visto eu vou ter que sair pra comer” Jay falou sarcástico e eu sorri de lado.

“Sentem logo, pelo amor de Deus” eu disse, e depois eu era a Drama Queen. “Mas não pense que isso significa que eu te perdoei James” falei indo pra dispensa pegar macarrão pra cozinhar.

“E o que eu preciso fazer pra você me desculpar?” ele perguntou deixando a frustração clara na voz.

“Me provar que meu melhor amigo ainda esta ai dentro, que ele ainda existe” falei sem pensar, e depois disso me mantive em silêncio, concentrada na preparação nada complicada do macarrão.

Tom chegou por trás de mim me segurando pela cintura e me assustando

“Caralho Tom” eu falei um pouco mais alto do que pretendia e ele riu. Os meninos olharam rapidamente pra nós e logo voltaram a conversa. Jay nem se deu ao trabalho de olhar, mantendo-se concentrado no tampo da mesa. Não era assim que ele ia conseguir me provar que o meu Jay ainda estava ali.

“Desculpa” ele sussurrou perto do meu ouvido me arrepiando.

“Só não me assuste assim de novo” falei virando de frente para ele enquanto jogava meus braços pelo seu pescoço. Juntei nossos lábios rapidamente, mas ele segurou minha nuca me impedindo de afastar, e eu não reclamei. Era um beijo calmo, mas que continha desejo.

“Sabe, eu pretendo comer algo comestível hoje” Max falou com ironia. E eu ri, cortando o beijo

“Agradeça que estou fazendo comida. Deveria deixá-los fazer por conta própria” falei os fazendo revirar os olhos.

Voltei a prestar atenção na comida, mas Tom continuava ali, encostado na bancada ao meu lado, me encarando. E me desconcentrando também.

“Quantas pessoas você chamou pra festa Jay?” perguntei para desviar a atenção do corpo de Tom, sem reparar que chamei-o pelo apelido.

“Algumas” ele falou sem muita segurança na voz e eu me virei pra olhá-lo

“Quantas?”

“Não sei” ele falou e eu fiz uma careta.

“Não destruindo minha casa, esta ótimo” falei terminando de mexer o macarrão e desligando o fogo “põem a mesa pra mim?” pedi para Tom que pegou os pratos para por na mesa

“Sabe, vocês estão agindo demais como um casal” Nathan falou me fazendo encara-lo.

“Algum problema?” a voz de Tom soou atrás de mim

“Hm, não. Só é estranho” ele falou dando de ombros. E eu quase pude ouvi-lo completar com um ela era assim com o Jay, mas seu bom senso o manteve de boca fechada.

Comemos em meio as brincadeiras e eu tirei a panela da mesa assim que Nathan inventou de brincar com a comida. Estava todos rindo e brincando, menos Jay. Que comeu em silencio e depois ficou só olhando para nós. Aquilo estava me irritando, porque ele estava começando a me fazer sentir culpa por ter sido grossa com ele.

“Eu vou me arrumar” falei levantando por fim da mesa. Ainda eram seis da tarde, mas eu pretendia tomar um banho de no mínimo uma hora com musica o mais alto o possível.



A musica já estava alta, e eu sabia que algumas –muitas- pessoas já haviam chego, mas eu ainda estava no meu quarto, terminando de prender o cabelo.
Alguém bateu na porta e eu gritei um entra. Ouvi a musica ficar mais alta e depois se abafar de novo, indicando que quem quer que fosse já estava no quarto, me virei então, me deparando o Jay encostado na porta apenas me olhar.

“Que foi?” perguntei evitando soar rude, mas era difícil

“Eu só queria de novo pedir desculpas” ele falou e eu girei os olhos

“Eu já te disse o que tem que fazer” falei retocando o batom e parando na sua frente. “Não é tão difícil Jay. Eu sei que você ainda esta ai dentro, em algum lugar. Aquele menininho que brincava comigo e me defendia dos maiores no colégio. Aquele garoto que aprendeu a andar de skate só pra me acompanhar nas sextas a tarde. Aquele cara que me prometeu que nada ia mudar entre a gente, acontecesse o que acontecesse” falei “eu sei que ele ainda existe” finalizei. Eu fechou os olhos engolindo em seco. Abri a porta da qual ele tinha se afastado e fui até a sala, tinha mais gente ali do que eu esperava. Procurei os meninos com os olhos logo os encontrando onde esta o bar improvisado. Caminhei até eles parando ao lado de Tom.

“Preciso falar com você” falei o chamando pro lado, e eu sabia que ele sabia o que eu ia dizer

“Esta tudo bem” ele falou antes que eu pudesse falar algo.

“Desculpa” eu murmurei. “Mas não é justo com você” eu falei e ele sorriu “Eu preciso superá-lo antes de querer me envolver com outro” finalizei.

“Como eu disse, esta tudo bem pequena. Você vai perceber cedo ou tarde que esta tentativa só te ajudou” ele falou piscando e eu não entendi

“Como assim?” perguntei confusa e ele riu.

“Calma que você descobre” ele falou e então me puxou para um abraço

“Desculpa” falei de novo me sentindo boba.

“Relaxa” ele falou. Voltamos pra perto dos meninos e eu estiquei a mão pra pegar a garrafa de Absolut quando Max me impediu

“Você é criança, não pode” falou segurando o riso. Girei os olhos.

“Então tire o copo do Nathan” retruquei e ele me deu a língua.

“Eu sou da banda, eu posso” falou me fazendo girar os olhos novamente.

“E eu a dona da casa” falei tirando o copo dele com a outra mão e virando o conteúdo de uma vez só. Sim, eu pretendia ficar muito bêbada.

“Ei, ei, ei, vamos com calma ai” foi Siva dessa vez. Qual é, eles tiraram o dia pra me irritar é?

“Cala a boca” falei “e onde esta a Tequila?” perguntei fazendo Tom rir.

“Você não pode beber até a meia noite. Depois disso ta tudo certo” ele falou e eu girei os olhos pela terceira vez em menos de cinco minutos.

“Minha casa, minha festa e eu não posso beber, incrível.” Falei encostando no balcão e cruzando o braço. Menos de cinco minutos depois eu virei para Tom “Já deu meia noite?” minha voz era cínica, e eles riram. Aproveitei desse momento de distração para pegar mais um dos copos em cima do balcão e fugir deles no meio das pessoas. Não era muito, mas pelo menos era alguma coisa.

Me encostei do outro lado da parede observando as pessoas. Eu não estava muito animada, e o olhar de Jay antes de eu deixá-lo sozinho no meu quarto tinha me quebrado.

Quando meu relógio apitou no pulso avisando que era onze horas eu decidi sair dali, mas uma mão segurou meu pulso. Me virei para encontrar o olhar de Nathan.

“Vem comigo, agora” ele falou me puxando junto com ele sem me dar opção de fato. Ele abria caminho pelas pessoas, que só pararam de se mexer quando a musica parou. Eu estranhei isso, mas não tive oportunidade de perguntar o que era, porque Nathan continuava me arrastando para o que, agora, eu reconhecia como o jardim, onde tínhamos montado um quase palco pros meninos se apresentarem depois.

“Mas vocês não iam se apresentar depois?” perguntei confusa e Nathan apenas continuou me puxando sem responder minha pergunta. Quando chegamos ali ele parou

“Fique aqui e não saia em hipótese alguma, entendeu?” ele perguntou e eu confirmei com a cabeça

Ele subiu no palco atrás dos outros meninos e eles explicaram que eles pararam a discoteca ali porque eles iam tocar algumas musicas. Não contestei, nem nada. Apenas não entendia porque me queriam ali.

Eles começaram com All Time Low e passaram para Say It On The Radio, e finalizaram com Glad You Came. Eu obviamente, cantava junto.

Quando eu já ia me aproximar do palco pra, como sempre, abraçar eles Jay chamou a atenção de todo mundo. Nenhum dos meninos desceu do palco, mas eles foram mais para trás, deixando Jay sozinho ali.

“Talvez, uma festa não seja o melhor lugar para falar isso, mas eu preciso” ele começou e eu tinha um leve pressentimento que eu não sabia se era bom ou mal “Jamais esqueçam daquela pessoa que esteve ao seu lado o tempo, te dando apoio e te colocando pra cima quando tudo parecia desmoronar em cima de você. Não deixe que os outro acabem com isso, não perca essa pessoa de vista, porque nem sempre tem volta.” Ele continuou tomando fôlego “E eu to com medo. Medo de perder alguém assim, e perder por algo bobo e infantil da minha parte” ele falou, seu olhar encontrando o meu “Essa é a minha ultima tentativa, porque eu não sei mais o que posso fazer pra te provar que eu ainda sou o seu Jay” ele falou “E só pra saber, essa musica é sua. Sempre foi” ele falou e os meninos se aproximaram de novo. E os primeiros acordes de Replace Your Heart começavam.

Eu senti o ar sumir a minha volta, respirar era quase que impossível. Meu olhar não se desviava dele um segundo, e ele retribuía, quase sem piscar.




You know I never want to hurt you

I don't know why I'd ever want to

Oh oh oh



There's no comfort in another face

So are you gonna let it go to waste

Oh oh oh



Ele começou a cantar e eu me perdi na sua voz, sufocada no seu olhar insistente.



I keep on tryin'

But how can I buy in

When they don't compare to you

No oh



I'm running out of patience

Tired of imitations

Looking for someone to

Replace your heart



Os outros meninos entraram para cantar junto, mas a voz deles estava longe. A única que era clara e forte para mim era a de Jay.



Everyone I talk to

Is just another not you

Makes me wonder

How we're so far apart



I'm tired of imitations

Running out of patience

Tryin' to replace

Replace your heart



Eles terminaram o refrão todos juntos, e ele veio para perto de mim.



Must be crazy if I let you go

You were everything I need to know

Come back home

Feel like I'm dying

Cause I keep on finding

Every junction leads to here

And I'm lost



Ele cantou sozinho de novo, e pegou minha mão.



I'm running out of patience

Tired of imitations

Looking for someone to

Replace your heart



Everyone I talk to

Is just another not you

Makes me wonder

How we're so far apart



I'm tired of imitations

Running out of patience

Tryin' to replace

Replace your heart



Ele deixou que os outros cantassem e ficou só me olhando, para então me puxar para o palco.



Everywhere I turn

Is the wrong direction

Everyone I see is the wrong reflection

Reminding me that I just

Can't replace your heart



Mais uma vez ele cantou sozinho e para mim. Eu não tinha nem idéia de qual era a minha expressão, provavelmente eu esta de boca aberta.



I'm running out of patience

Tired of imitations

Looking for someone to

Replace your heart



Everyone I talk to

Is just another not you

Makes me wonder

How we're so far apart



I'm tired of imitations

Running out of patience
http://www.blogger.com/img/blank.gif
Trying to replace

Replace your heart



Eles finalizaram e voltaram a se afastar, me deixando sozinha ali com Jay. Eu provavelmente estava roxa de vergonha, mas estava sorrindo. Ele ainda segurava a minha mão, e com um movimento gentil ele a colocou contra o peito dele

“Ta sentindo isso?” ele perguntou, mas eu não achava voz para responder “Cada batida esta doendo, e não parece mais correr sangue por ai, por que ele esta me corroendo. Chama arrependimento” ele continuou, eu ainda estava estática “por ter sido o pior amigo que podia ter sido enquanto você estava ali em todos os momentos me apoiando. Por ter sido egoísta enquanto você deixava as suas coisas de lado pra me ajudar com a banda” devagar ele escorregou a mão que segurava meu pulso até estar com ela por cima da minha “desculpa por ter agido como um idiota, por ter gritado, quando tudo que eu deveria ter feito era conversar com calma com você. Mas eu fui um imbecil e dei vazão ao ciúme.” Ele meio que entrelaçou nossos dedos. “Desculpa também por ter ficado cego com essa historia toda da banda e ter esquecido quem importava de verdade. Desculpa por ter te machucado e te feito sofrer. Desculpa se alguma vez te fiz se sentir ignorada, se te fiz chorar” ele respirou fundo tentando manter a voz normal sem que tremesse. “Eu cheguei até aqui, realizando meu maior sonho. Mas eu não o quero se isso for me fazer te perder, se for te afastar de mim. Porque eu não sei viver sem você. Não vou saber levantar quando cair se não tiver a sua mão estendida lá como apoio. Não vou saber a quem recorrer, não vou ter quem me ouça, e me compreenda. Porque você é a única que sabe fazer isso, e a única que eu quero que faça isso” ele continuava sem me dar espaço pra falar. Não que eu fosse conseguir, de qualquer modo “e eu quero que você sabia que a partir de hoje eu vou estar o tempo todo te retribuindo isso, porque você merece isso e mais.” Ele tomou mais fôlego “e quero que saiba também que eu sei que não tinha direito de ficar bravo por você estar com o Tom, e que se você esta feliz eu vou te apoiar, por mais estranho que seja” Abri a boca para falar que era com ele que eu seria feliz, mas ele me silenciou com um gesto sobre seus próprios lábios “porque tudo que eu preciso pra seguir em frente é te ver feliz. Mesmo que não possa ser eu quem vai te fazer feliz.” Nessa hora eu finalmente entendi o que Tom me falara mais cedo, e pela primeira vez meu olhar se desviou de Jay encontrando um sorridente Tom me fazendo um gesto de ‘anda logo’ e eu não pensei mais. Soltei minha mão da sua a levando até a nuca do garoto e a trazendo para perto de mim, meus lábios se chocando com os dele. Surpreso, ele levou alguns segundos para reagir, logo passando o braço pela minha cintura e aprofundando o beijo. Nossas línguas se encontraram nos dando um leve choque e iniciaram um movimento sincronizado como uma dupla de dançarinos em uma competição. Eu sabia que as pessoas estavam gritando e falando ao nosso redor, mas nada desse barulho chegava a mim, era como se estivéssemos em uma bolha, fechados em nosso próprio mundo. Não sei dizer quanto tempo ficamos ali, mas o ar começou a faltar e o peito apertar implorando por oxigênio, e eu cortei o beijo docemente, ainda próximo dele, seu sorriso me fez ganhar o dia, e eu o devolvi tão radiante quanto estava o dele.

“Eu te amo seu bobo” sussurrei entrecortado ainda sem fôlego

“Eu sempre te amei ” ele respondeu e eu fechei os olhos, afastando-me o suficiente para encostar em seu ombro.



FIM

6 comentários:

  1. AAAHHHHHHHHH to aqui chorando, com um sorriso enorme no rosto....e meu deus Cláudia, quer me matar do coração? hahahaha adorei cada palavra, frase e parágrafo e claro a história!! sua linda.....eu quero ler mais fics......então, faça o favor de escrever e publicá-las logo!!!! Beijos e Parabéns!!!!!

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  2. Gostei muito <3 Parabéns, é linda.

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  3. meu deus Claudia tá perfeito é olha q eu sou super fã do Jay e ainda vou me casar com ele haha eu chorei muito muito mesmo .parabéns mesmo ta lindoooooooooo perfeito

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  4. Eu to aqui chorando muitoooo com essa historia...é pra me matar de um ataque cardiaco mesmo né !? Ta perfeita...foi muito bom estar perto do James nem que seja somente em uma historia e nos meus sonhos...pena que isso nunca vai acontecer,pena que eu so posso estar perto dele vendo alguma foto,ou escutando sua voz,ou lendo esta fic...lendo-a,parece q eu to mais perto dele...isso me faz ficar muito feliz,na verdade é isso que eu to sentindo agora...felicidade misturada com tristeza ao mesmo tempo,por saber que isso não é e nunca vai ser real !

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